A melhor divulgação de uma modalidade continua a residir nas proezas que são conseguidas pelos atletas. Diogo Ribeiro provou isso mesmo recentemente com as duas medalhas de ouro históricas nos Mundiais de natação, tornando-se um rosto reconhecido num desporto em que a “farda” conduz de um modo geral à semelhança na aparência física dos competidores. Mas se a natação em Portugal passou a ter um embaixador próprio, o mesmo acontece com outros desportos e as suas associações óbvias no cenário atual: futebol e Cristiano Ronaldo, canoagem e Fernando Pimenta, judo e Jorge Fonseca/ Telma Monteiro, atletismo e Nelson Évora/ Patrícia Mamona, automobilismo e António Félix da Costa, skate e Gustavo Ribeiro, etc. Também no início do ano, Nuno Borges voltou a colocar o ténis no centro das atenções, depois de uma participação inédita no Open da Austrália, onde se tornou o primeiro tenista português a atingir os oitavos de final do Grand Slam australiano. Nem o horário foi impedimento para o público português acompanhar o duelo com Medvedev. A prestação de Borges trouxe um novo fôlego ao ténis nacional num momento em que a reinvenção desta modalidade continua a ganhar cada vez mais terreno. Curiosamente foi em Acapulco, onde o português fez durante a semana o seu último jogo, que nasceu oficialmente o padel. Fã de ténis, o mexicano Enrique Corcuera idealizou uma adaptação para que este desporto não exigisse tanto esforço físico da sua parte. E cinco décadas depois a modalidade não para de conquistar seguidores em todo o mundo. Aliás, também na versão “aquário” do ténis já houve feitos de relevo, com a qualificação de Portugal para o Campeonato do Mundo e, em 2023, a medalha de bronze nos Jogos Europeus, conquistada pela dupla Miguel Oliveira e Afonso Fazendeiro. Diferenças e semelhanças à parte, o nome da semana e a figura maior quando o tema se trata de uma raquete e uma bola amarela continua a ser João Sousa. O tenista de Guimarães anunciou a sua festa de despedida do ténis profissional no Estoril Open, altura em que irá completar o 35º aniversário. São 35 anos e 17 temporadas nos courts resumidas à excelência do ténis português.
O ‘berço’ do ténis
A despedida de João Sousa vai acontecer no seu 35.º aniversário, após 17 temporadas que ficam para a história.