O primeiro-ministro de Israel, Benjamim Netanyahu, foi “pessoalmente responsável” pela morte de 45 pessoas em 2021, na sequência de uma debandada em massa durante uma peregrinação judaica ao Monte Meron, conclui um relatório.
“Chegámos à conclusão de que o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, tem responsabilidade pessoal” nesta tragédia, indicou a comissão de inquérito, esta quarta-feira.
O primeiro-ministro “sabia ou deveria saber que o local (…) tinha sido mal conservado durante anos” e poderia representar “um risco para os muitos participantes” na peregrinação.
Recorde-se que 45 pessoas, incluindo crianças, morreram num esmagamento, em 30 de abril de 2021, durante uma peregrinação religiosa anual que reunia dezenas de milhares de judeus ortodoxos ao Monte Meron, no norte do país.
A polícia israelita tinha apelado aos participantes para “respeitarem as instruções para que as celebrações decorressem sem incidentes” e destacou cerca de cinco mil agentes para a segurança do acontecimento.
Contudo, os peregrinos chegaram em massa para passar por um corredor estreito, e começaram a ficar cada vez mais apertados uns contra os outros e acabaram por cair todos.