Francisco Assis, cabeça de lista do PS no círculo eleitoral Porto, veio esta sexta-feira defender o secretário-geral socialista, Pedro Nuno Santos, de ataques sobre a sua lucidez que apelidou de “deploráveis e infames”.
“Não pode valer tudo no combate político. São deploráveis os ataques infames que nas últimas horas têm sido dirigidos ao Secretário-Geral do PS”, afirmou Assis “O Pedro Nuno Santos é um político sério, um homem decente e livre, alguém em quem se pode confiar”, acrescentou, reiterando que “não é, nunca foi, um vendedor de ilusões”.
Segundo Assis, “é lícito discordar” de Pedro Nuno Santos, mas “é inadmissível desconfiar do seu carácter ou pôr em causa a sua sensatez e a sua lucidez”. O candidato a deputado disse admirar “em PNS quatro características fundamentais: a decência, a coragem, a determinação e o apego à verdade” e que “por isso mesmo” espera que “ele seja o próximo PM de Portugal.”
Horas antes Manuela Ferreira Leite tinha elogiado Luís Montenegro, presidente do PSD, descrevendo-o como alguém que “é sereno” e “não é sujeito a alterações psicológicas” e, perante uma dívida, nunca diria que “era para não pagar”.
“Luís Montenegro é um sujeito leal, é um sujeito que é sereno, é tranquilo, é sensato”, considerou. “Não é sujeito a alterações psicológicas”, acrescentou.
Já no início desta semana, o secretário-geral do PS tinha considerado lamentáveis as declarações do líder do PSD sobre a sua estabilidade emocional, interpretando-as como um ataque, e defendeu que os políticos têm de se “respeitar mais”.
Num comício esta segunda-feira em Macedo de Cavaleiros, Luís Montenegro defendeu que, “para se governar um país também é preciso ter estabilidade emocional”.
Já quinta-feira, num almoço-comício no Marco de Canaveses, Assis tinha elogiado os traços de personalidade de Pedro Nuno Santos, destacando a sua “frontalidade”, “coragem”, “determinação” e “decência”.
“Foi sempre leal, mas nunca foi subserviente. Esteve sempre com o PS, mas por vezes a sua voz foi incómoda”, lembrou o cabeça de lista pelo Porto, destacando que o líder socialista “conseguiu uma coisa que provavelmente mais ninguém conseguiria nas atuais circunstâncias: mobilizar o povo do PS e a esquerda democrática em Portugal.”