“Marcelo Rebelo de Sousa tem levado o país para ciclos eleitorais, não podemos brincar com a vida das pessoas”, começou por dizer Inês Sousa Real, líder do PAN. “Com a confusão que existiu por parte da AD, temos a ADN a crescer e a ter mais expressão”, sublinhou a única deputada eleita do partido, sendo que apesar de não excluir acordos com a AD, acredita que “há valores que não são negociáveis”.
“Houve instabilidade política para a qual Marcelo Rebelo de Sousa também contribuiu e não é pela sua cor política ter vencido, não é isso que garante maior estabilidade”, evidenciou. “Esperamos que Luís Montenegro não dê a mão ao Chega e agrave as desigualdades sociais”, adiantou Inês Sousa Real sendo que, em 2022, a força política perdeu três dos quatro deputados que tinha.
“Sabemos que o contexto político é muito adverso e não posso deixar de lamentar que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, tenha contribuído de alguma forma para a instabilidade política que temos vivido, para que a descrença das pessoas, a frustração, se tenha transformado num voto de protesto ao invés de um voto de confiança nas forças políticas”, afirmou a porta-voz do PAN, avançando que “caso o país vá novamente para eleições”, os portugueses “vão olhar para forças construtivas e não para forças populistas e antidemocráticas”.
“O PAN conseguiu crescer”, seja a nível de “número de votos e percentagem”, conseguindo “manter a sua representação parlamentar”. Aos jornalistas, a líder partidária declarou que ao PAN faltou “cerca de 800 votos para eleger a Anabela Castro”, que seria a segunda deputada. “Com uma deputada apenas sabemos que vamos continuar a fazer a diferença”, até mesmo nas europeias, destacou.
O partido “quer ganhar força nas próximas eleições. O país precisa de um futuro verde, que cuide das pessoas, defenda os animais e proteja a natureza. E os portugueses sabem que o PAN tem sido um partido responsável e pragmático, que tem lutado pelas causas que representa e por uma melhor vida para todos e todas”, declarou, em entrevista ao i, Inês Sousa Real em fevereiro.
O PAN, que obteve 81.465 votos há dois anos, subiu para 117.389 votos.