O secretário-geral do PS reconheceu a derrota do partido nas eleições legislativas deste domingo. “Apesar da diferença tangencial, e sem desrespeito pelos votos das comunidades, tudo indica que o resultado não permitirá ao PS ser o partido mais votado”, afirmou Pedro Nuno Santos.
“Não podemos estar a manter o país em suspenso mais 15 dias quando é improvável que o círculo das comunidades venha a compensar a diferença que existe hoje”, referiu e quanto à eventualidade de vir ainda a poder formar um Governo à esquerda essa hipótese foi excluída por não ser capaz de forma uma maioria.
“O tempo da tática política comigo acabou. Não temos uma maioria e, se não temos uma maioria, não nos podemos apresentar como uma solução”, salientou.
Ainda assim, o candidato socialista afirmou que não irá inviabilizar “a formação de um novo Governo e disse que o caminho do partido “começa agora”, relembrando Mário Soares que dizia que “só é vencido quem desiste de lutar”.
E não hesita: “Há muito combate pela frente”, afirmando que tendo em conta os atuais números não faz sentido esperar pelos círculos lá fora, mas desmarca a possibilidade de o PS de ir suportar o Governo AD.
“A direita e a AD que não conte com o PS para governar”, acrescentando que “lutaremos pelo nosso país e ideário na oposição”.
Recuperar eleitorado zangado
Quanto ao resultado do Chega disse que “é resultado muito expressivo que não dá para ignorar”. E salientou: “Não há 18% votantes racistas ou xenófobos em Portugal, mas há muitos portugueses zangados que sentem que não tem tido representação, queremos reconquistar a confiança destes portugueses e mostrar-lhes que as soluções para os problemas concretos das suas vidas passam pelo PS e não pelo Chegam e pela AD”.