A pouco mais de dois meses das eleições europeias, o PSD e o PS estão praticamente empatados. Ainda assim, os sociais democratas surgem na primeira posição (31%), ligeiramente à frente dos socialistas, que contam com 29,6% das intenções de voto na sondagem da IPSOS para a Euronews.
A proximidade entre os dois grandes partidos portugueses – que ainda não avançaram com nomes para as eleições Europeias – reflete-se no número de mandatos, em que ambos conseguiriam eleger oito eurodeputados, o que significa que, feitas as contas, o PSD ganharia dois representantes face às eleições de 2019.
O Chega, que já anunciou Tânger Correia como cabeça de lista, surge como terceira força política, com 14,2% das intenções de voto dos portugueses para as eleições europeias de junho, estreando-se assim no Parlamento Europeu. Com esta votação, o partido liderado por André Ventura conseguiria eleger três eurodeputados.
Em quarto lugar surge a Iniciativa Liberal, que conta com João Cotrim Figueiredo, ao alcançar 4,5% da votação, obtendo um mandato. À semelhança do Chega, também o partido liderado por Rui Rocha deverá estrear-se neste campeonato, fazendo com que, também na Europa, Portugal tenha mais peso à direita: doze eurodeputados contra os nove da esquerda.
Isto porque o Bloco de Esquerda -que deverá contar com Catarina Martins como cabeça de lista -deverá alcançar o quinto lugar com 4,4% dos votos, ficando apenas com um eurodeputado, menos um que em relação ao último ato eleitoral.
Maior queda será a do PCP, integrado na CDU (2,3%) – que deverá contar com João Oliveira como cabeça de lista – e que mantém também a trajetória descendente, mas com maior impacto, uma vez que irá perder a representação parlamentar na Europa, depois de ter eleito dois eurodeputados em 2019.
Fora do mapa político europeu fica também o CDS-PP (3,4%), que tinha conseguido eleger um eurodeputado há cinco anos. Também o Livre (3,6%), que está acima dos centristas, e o PAN (2,1%) não entram no próximo Parlamento Europeu.