Ucrânia acusa Rússia de executar 54 prisioneiros

Ministério Público ucraniano indicou que está a investigar 27 casos relacionados com as alegadas execuções, o que, caso sejam confirmadas, poderão conduzir a processos criminais contra os principais suspeitos. 

Pelo menos 54 prisioneiros de guerra foram executados pelas forças russas desde o início da invasão da Ucrânia, afirmaram autoridades ucranianas, esta terça-feira.  

Em comunicado, o Ministério Público ucraniano indicou que está a investigar 27 casos relacionados com as alegadas execuções, o que, caso sejam confirmadas, poderão conduzir a processos criminais contra os principais suspeitos. 

“Estamos a tentar descobrir quem é o comandante [russo] responsável por tais ações. Não se trata apenas dos comandantes das unidades, mas também das mais altas chefias militares e políticas [da Rússia]. Porque não se trata de um caso isolado, mas sim de um teste à política russa”, afirmou Yurii Belousov, chefe do Departamento de Combate aos Crimes Cometidos em Condições de Conflito Armado da Procuradoria-Geral.  

A mesma fonte recordou que ainda em 2020 já haviam sido contabilizados alguns casos de execuções de prisioneiros de guerra ucranianos.  

“O trabalho continua. A Ucrânia tem uma experiência única na documentação de crimes sem sequer ter acesso ao território. Trabalhamos com o Tribunal Penal Internacional, a Missão de Vigilância da ONU, agências de informação e organizações não-governamentais que também recolhem informações. A nossa tarefa agora é documentar, registar e contar a verdade ao mundo”, sublinhou.