A Casa Branca anunciou, esta terça-feira, que irá impor novas sanções ao Irão, na sequência do ataque lançado contra Israel, no passado fim de semana.
Jake Sullivan, conselheiro da segurança nacional do Presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Joe Biden, explicou que, “nos próximos dias, os Estados Unidos vão impor novas sanções contra o Irão, incluindo os seus programas de drones e mísseis”, o seu Corpo da Guarda Revolucionária e o seu Ministério da Defesa, e aconselhou aos seus aliados a fazerem o mesmo.
Esta decisão dos norte-americanos segue a mesma linha de ação da União Europeia (UE) que, de acordo com o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrel, está a ponderar expandir as sanções contra o Irão, para incluir os mísseis que Teerão venha a disponibilizar à Rússia e a agentes sob influência iraniana no Médio Oriente.
O responsável político explicou que esta decisão, resultou de uma reunião ministerial por videoconferência, onde também esteve presente o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel.
Os ministros dos Negócios Estrangeiros europeus decidiram uma expansão do regime de sancções contra o Estado iraniano, que já existe por causa da disponibilização de ‘drones’ (aeronaves sem tripulação) à Rússia, e incluir os mísseis que Teerão eventualmente venda a Moscovo e a “‘proxies’ na região”, em particular milícias que têm ligações ao Governo iraniano.
Josep Borrel, contudo, alertou que até ao momento, não existem evidências concretas de que Teerão esteja a fornecer mísseis a Moscovo, mas admite que as sanções possam “incluir já essa possibilidade”.
Alguns Estados-membros, explica o Alto Representante da UE para os Negócios Estrangeiros, pediram também “sanções contra a Guarda Revolucionária Iraniana [ramo das forças armadas iranianas criado após a Revolução Islâmica de 1979]”, algo que Borrel negou, pois o regime de sanções tem de estar associado a atividades terroristas.