Reuniões com o Governo: depois dos professores, foi a vez dos polícias e dos responsáveis de saúde

Governo tem estado reunido com responsáveis de vários setores que definiu como proprietários durante a campanha eleitoral.

Depois das reuniões de sexta-feira entre o Governo e os professores, em que o ministro da Tutela, Fernando Alexandre ter revelado que os encontros “decorreram num espírito de abertura e diálogo, com sentido de responsabilidade de todos, tendo em vista assegurar as condições para o início de um ano letivo com maior tranquilidade do que nos últimos anos”, ontem foi a vez do Executivo se reunir com as estruturas da PSP e da GNR e com as ordens profissionais do setor da Saúde.  

O Ministério da Administração Interna (MAI) liderado por Margarida Blasco que esteve reunido com quatro associações socioprofissionais da Guarda Nacional Republicana (GNR) e seis sindicatos da Polícia de Segurança Pública (PSP) explicou que “estas reuniões serão o início da construção da base de entendimento e conciliação entre as entidades envolvidas, tendo em vista a dignificação e valorização das forças de segurança” e tiveram como objetivo “definir e estabelecer a metodologia e protocolo de audição e negocial” e apresentar “os pressupostos do âmbito e objeto para discussão e negociação entre as partes”. Em cima da mesa está o suplemento de missão que foi atualizado só para a Polícia Judiciária pelo anterior Governo, o que originou vários protestos por parte dos polícias.

Em relação à saúde, a ministra que detém a pasta referiu que vai avaliar nos próximos dois meses as propostas apresentadas pelas ordens profissionais, que demonstraram preocupação com a resposta assistencial do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Ana Paula Martins explicou ainda que é preciso que cada uma das propostas “seja avaliada no seu impacto a todos níveis”.

E esclareceu: “O prazo de dois meses não é um prazo do Ministério da Saúde. O prazo de dois meses é o prazo que Ordem dos Médicos, nas suas propostas, deu ao Ministério da Saúde para podermos responder àquilo que era o seu apelo à colaboração”. A par da questão salarial, as estruturas sindicais pedem ainda a reposição das 35 horas de trabalho, efetivar a progressão na carreira, ter um sistema de avaliação mais simplificado e aplicável e ainda que os médicos internos sejam reintegrados na carreira.

Recorde-se que as negociações com os professores vai arrancar em maio e o governante já referiu parte da recuperação do tempo de serviço dos professores será feita ainda este ano. Em causa estão os 6 anos, 6 meses e 23 dias de tempo de serviço dos docentes que estão congelados desde a troika e que, de acordo com as contas da AD, irá ter um custo de 240 milhões.