Stop convoca greve às provas de aferição

Os pré-avisos de greve dirigidos a todos os trabalhadores docentes e com funções docentes foram emitidos até ao final de maio

O Sindicato de Todos os Profissionais de Educação (Stop) anunciou uma greve nacional, a partir desta terça-feira, ao processo de avaliação e ao trabalho associado às provas de aferição.

O coordenador do Stop justificou a greve pelo facto de “os profissionais de educação continuarem sem uma avaliação justa e transparente, que mantém as cotas, e as muitas aulas que os alunos perderam o ano passado para realizar as provas de aferição, que sobrecarregaram muito os profissionais de educação”.

Numa conferência de imprensa, em Coimbra, André Pestana, salientou que a greve “é uma forma de pressionar o Governo para prestar atenção ao que se está a passar na escola pública”, considerando que deve existir uma discussão com os professores para aferir se fazem sentido as provas de aferição.

Segundo o coordenador do Stop, a greve pretende que o Governo canalize “a energia para o ensino e aprendizagem”, evitando que os alunos “percam tantas aulas” e a avaliação dos docentes não seja “uma farsa, com cotas totalmente artificiais”.

“Tem de haver um modelo especial de avaliação e remuneração, não apenas para os diretores de escola, mas para todos os profissionais de educação”, exigiu André Pestana, citado pela agência Lusa. 

Os pré-avisos de greve dirigidos a todos os trabalhadores docentes e com funções docentes foram emitidos até ao final de maio. Entre 2 e 13 de maio as escolas podem realizar as provas de aferição do 2.º ano de Educação Física e Educação Artística, que marcaram o início de mais um ano de provas e exames nacionais.

Entre 16 e 27 de maio, os alunos do 5.º ano realizam as provas de Educação Musical e os do 8.º ano as da componente de produção e interação orais de Inglês.