O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, anunciou, esta terça-feira, que os portadores do passe Navegante, vão “brevemente” poder começar a utilizar, gratuitamente, alguns parques de estacionamento dissuasores, em Lisboa.
O autarca social-democrata, numa visita à obra de construção de um parque de estacionamento municipal, em Entrecampos, anunciou que: “Vamos lançar dentro em breve um projeto […] para que as pessoas possam utilizar o passe [Navegante] sem pagar estacionamento em alguns parques que estão mais na periferia da cidade”.
Este parque de estacionamento, que terá o custo de 16 milhões de euros e que se insere na operação de loteamento das Forças Armadas, irá contemplar ainda a construção de 476 habitações para renda acessível, bem como a criação de espaços verdes e comércio de proximidade.
Com 576 lugares, este parque de estacionamento irá permitir, conforme explica Carlos Moedas, aumentar a oferta de estacionamento de utilização pública na zona, servindo “não só” os moradores, mas também dissuadindo “as pessoas de levar o carro para o centro da cidade”.
Apesar da sua função dissuasora, o autarca sublinha que este parque não será um dos que poderá ser utilizado, gratuitamente, pelos portadores do passe Navegante.
Alguns dos parques de estacionamento que poderão ser utilizados, de forma gratuita, por quem tiver o passe Navegante, são, por exemplo os que estão a ser feitos na Pontinha e em Telheiras, que foram criados “no sentido de as pessoas pagarem pouco” para estacionarem e não levarem os carros para o centro da cidade.
“Estamos aqui a criar aqui algumas ideias para desenvolver e para ter mais estacionamento para aqueles que querem estar na cidade e depois dentro da cidade andam de transportes públicos. Penso que é para isso que caminhamos, para uma cidade verde, neutral em carbono […]. Portanto, temos que ter estas soluções para que os carros sejam estacionados e não a criar trânsito no meio da cidade”, acrescentou.
O autarca lisboeta assegurou ainda que este projeto, de renda acessível em Entrecampos, prevê “um total 476 fogos, num investimento de quase 100 milhões de euros”, tendo dois edifícios já sido concluídos e outro deverá ficar pronto no final do ano.
“Trata-se sobretudo de habitação para pessoas que já estão cá a viver, professores e enfermeiros, pessoas que já não conseguem viver dentro da cidade, com rendas de 200 e 300 euros acessíveis, muitas delas, rendas para aqueles que podem pagar, mas não podem pagar muito e, sobretudo, preços de mercado”, disse Carlos Moedas, que reforçou a existência de rendas para aqueles que “de todo não podem pagar e que pagam 10, 15 ou 50 euros”.
De com uma fonte da Câmara Municipal de Lisboa, citada pela Lusa, existem na capital cinco parques dissuasores na cidade, nomeadamente Ameixoeira (489 lugares), Telheiras Poente (155 lugares), Telheiras Nascente (106 lugares), Avenida de Pádua (248 lugares) e Colégio Militar (415 lugares).
Este ano, acrescenta a mesma fonte, abrirão ainda os parques Pontinha Sul (387 lugares) e Azinhaga da Cidade (165 lugares).