A Câmara do Porto despejou duas famílias, na quinta-feira, de casas municipais nos bairros de Pinheiro Torres e de Lordelo. Em causa, diz a autarquia, está o uso das habitações para o tráfico de droga.
Em declarações à agência Lusa, fonte da Câmara disse que ambas as famílias foram notificadas no dia 10 de maio, pela empresa municipal responsável pela gestão do parque habitacional, Domus Social, de que teriam de sair das habitações, com a ordem de despejo a ser acionada depois de um dos elementos das respetivas famílias ter sido condenado em tribunal.
“Num dos casos ficou ainda provado que a arguida pertencia a um grupo organizado, cabendo-lhe especificamente a função de armazenar a droga na habitação municipal e de fornecer outros traficantes com estupefacientes ali guardados”, diz a mesma fonte, acrescentando que a família em questão terá recorrido da ordem de despejo, mas o tribunal deu razão à Câmara do Porto.
“O município do Porto não permitirá a utilização das casas de habitação social para tráfico de droga e/ou quaisquer outros fins ilícitos”, salienta.
Além disso, no final de março, a Câmara do Porto despejou outras quatro famílias: três são do Agrupamento da Pasteleira e uma no bairro Dr. Pinheiro Torres, que também eram usadas para tráfico de droga.
“A resolução deste tipo de situações, para além de proteger e zelar pelo património municipal, visa, acima de tudo, garantir a segurança e qualidade de vida dos restantes moradores do parque de habitação pública e dos munícipes em geral”, acrescenta.