Embaixador de Israel em Portugal diz que decisão do TPI é “absolutamente escandalosa”

Dor Shapira diz que é ridículo equiparar “chefes de uma organização terrorista aos líderes de um Estado democrático”.

O embaixador de Israel em Portugal ficou chocado com o pedido do procurador do Tribunal Penal Internacional para que se emitam mandados de captura para o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e o ministro da Defesa, Yoan Gallant, além de três líderes do grupo palestiniano Hamas.

“A decisão do procurador do TPI é absolutamente escandalosa”, começou por afirmar Dor Shapira na rede social X. “De acordo com as regras do TPI, uma investigação só pode ser aberta se um país não for capaz de se investigar a si próprio. Até os nossos inimigos reconhecem que Israel é um país democrático com um sistema judicial muito forte e independente. Sabemos como investigar e fazemo-lo”, sublinhou.

Para o embaixador, “equiparar os chefes de uma organização terrorista aos líderes de um Estado democrático é ridículo e reflete mal os valores do procurador”.

Dor Shapira fez ainda questão de lembrar que Israel está em guerra contra o Hamas e não contra o povo palestiniano, e que as operações israelitas têm sido levadas a cabo de acordo com as leis internacionais.

“Adotar propaganda falsa é uma atitude muito perigosa”, adiantou, dizendo que o procurador do TPI “está apenas a procurar manchetes”.

“A emissão de mandados não ajudará a libertar os reféns, não trará ajuda, nem acabará com esta guerra. Este tipo de ações afasta-nos de qualquer solução e coloca a vida dos reféns em risco real”, defendeu o diplomata.