O Presidente da República chamou a atenção, esta quinta-feira, numa conferência sobre o futuro da União Europeia em Itália, para a importância que as eleições norte-americanas têm para a Europa, sublinhando que “não é o mesmo ganhar um candidato ou o outro”.
Para Marcelo Rebelo de Sousa a UE enfrenta “diversos desafios” e alguns dependem de fatores externos como é o caso da corrida à Casa Branca.
“Uma vitória do anterior presidente [Donald Trump] constituiria boas notícias objetivas para a Rússia e más notícias para a segurança na Europa, para as relações económicas com a Europa, e para uma visão comum de mente aberta, e não unilateral e protecionista, sobre alterações climáticas, migrações, e tantas questões económicas e sociais. E isso faz uma diferença”, defendeu o chefe de Estado português.
Em relação ao que depende da própria União Europeia, o Presidente destaca a importância de manter resiliência perante as crises que surgirem, como aconteceu durante a pandemia e a guerra na Ucrânia.
“As eleições [europeias] serão um primeiro barómetro de quão fracas estão aos sistemas políticos clássicos e tradicionais da Europa”, disse.
Confrontado sobre eventuais riscos na Europa numa possível eleição de Trump, Marcelo Rebelo de Sousa admitiu que “qualquer mudança radical na América iria criar a tendência de diferentes reações, e não só relativamente à guerra na Ucrânia”.