As famílias das duas vítimas mortais, da aterragem de emergência de uma aeronave numa praia da Caparica, em Almada, em agosto de 2017, anunciaram que vão recorrer do acórdão que absolveu o piloto.
A advogada, Bárbara Marinho Pinto, que representa as famílias das duas vítimas mortais, adiantou, citada pela Lusa, que os assistentes no processo decidiram recorrer para o Tribunal da Relação de Lisboa (TRL), porém, decidiram pedir uma prorrogação do prazo legal de 30 dias para interpor recurso, devido ao “volume do processo e à complexidade da matéria controvertida”.
A mandatária, no requerimento dirigido à juíza do tribunal de Almada, admite que o prazo legal é insuficiente, pois a preparação das alegações de recurso exigiu uma analise cuidada da prova, inclusive, o depoimento do perito e dos pilotos ouvidos pelo tribunal.
O Tribunal de Almada absolveu, no passado dia 14 de maio, o piloto instrutor Carlos Conde de Almeida, o único arguido no processo, que foi acusado de de dois crimes de homicídio durante a aterragem de emergência, após uma falha de motor, na praia de São João da Caparica, no concelho de Almada, distrito de Setúbal.