O presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML), Carlos Moedas, clarificou, esta quarta-feira, a sua posição no que toca a trabalhar com alguém que seja suspeito de um crime, frisando que o vereador Ângelo Pereira “não foi acusado”, mas sim constituído arguido.
O autarca de Lisboa disse ainda que é um “dos primeiros políticos a ter uma clareza enorme sobre esse tema” relembrando o caso de Diogo Moura, antigo vereador da cultura, que foi acusado de “dois crimes de fraude em eleições, agravados”.
“Pedi a sua suspensão do mandato”, recordou o presidente da CML.
Relativamente ao mais recente desenvolvimento da operação “Tutti Frutti”, onde o presidente da distrital lisboeta do Partido Social-Democrata (PSD), Ângelo Pereira, foi constituído arguido, Carlos Moedas acrescentou, citado pela CNN Portugal que: “Que eu saiba, o senhor vereador Ângelo Pereira não é acusado, mas a minha coerência será total. Um ponto é a pessoa estar a defender-se, estar como arguido, outra é estar acusado”.
O autarca de Lisboa assegura que a sua posição “é claríssima” e que irá agir de acordo com a sua linha de coerência, que tanto como “pessoa, como político está demonstrada”.
Ângelo Pereira, conforme adianta a CNN Portugal, foi, ao início da tarde desta quarta-feira, consultar o seu processo no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa.
A operação “Tutti Frutti” investiga, desde 2018, alegados favorecimentos a militantes do Partido Socialista (PS) e do PSD, através de avenças e contratos públicos, onde estão em causa suspeitas de corrupção passiva, tráfico de influência, participação económica em negócio e financiamento proibido.