Um tribunal de Madrid anunciou esta terça-feira que convocou Begoña Gómez, mulher do primeiro-ministro Pedro Sánchez, para depor a 5 de julho, no âmbito de uma investigação por suspeitas de corrupção.
“O Juizado de Instrução nº 41 de Madrid citou a depor Begoña Gómez, na sexta-feira, 5 de julho, às 10h”, investigada por supostos “crimes de corrupção no setor privado e tráfico de influências”, explicou a justiça espanhola em um comunicado, divulgado pela agência AFP.
Na semana passada, a justiça espanhola decidiu avançar com a investigação à mulher de Pedro Sánchez por suspeitas de tráfico de influências, rejeitando um parecer do Ministério Público que defendia o arquivamento de uma denúncia contra Begoña Gómez.
Os magistrados do tribunal de Madrid responsáveis pelo caso consideraram que a denúncia contém “indícios objetivos” de que pode ter sido cometido um crime, o que “legitima uma investigação”.
Na denúncia contra Begoña Gómez, apresentada por uma associação conotada com a extrema-direita, estavam em causa ligações da mulher de Pedro Sánchez a empresas privadas que receberam apoios públicos durante a crise da pandemia de covid-19 ou assinaram contratos com o Estado quando o marido era já primeiro-ministro.
Segundo a decisão da semana passada do tribunal de Madrid, os “indícios objetivos” que justificam uma investigação judicial só existem num dos casos referidos na queixa. Exclui o grupo turístico Globalia, da companhia aérea Air Europa, que foi resgatada pelo governo espanhol durante a pandemia.
Um tribunal de Madrid revelou em 24 de abril a abertura de um “inquérito preliminar” por alegado tráfico de influências e corrupção de Begoña Gomez. No dia em que se soube da abertura do inquérito, Pedro Sánchez disse que ponderava deixar o cargo de primeiro-ministro. Após cinco dias de reflexão, decidiu continuar à frente do Governo espanhol.