O Parlamento aprovou, esta terça-feira, a proposta do CDS para que seja organizada anualmente uma sessão solene evocativa do 25 de Novembro de 1975, mas rejeitou o feriado nacional.
A proposta do CDS-PP contou com o apoio PSD, da Iniciativa Liberal (IL) e do Chega.
Já o vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS, Pedro Delgado Alves, é contra a perspetiva de “colocar no mesmo plano” as duas datas.
Paulo Núncio, ao apresentar a deliberação, falou na derrota da extrema-esquerda e do Processo Revolucionário em Curso (PREC), evitando-se “um caminho para o totalitarismo” em Portugal.
Por sua vez, o deputado do PCP António Filipe acusou a direita de querer “branquear” o regime do Estado Novo e que o 25 de novembro abriu caminho “a um processo contrarrevolucionário”, frisando que o objetivo do seu partido foi “impedir a guerra civil” em Portugal.
“O 25 de Abril de 1974 foi uma revolução popular, fez-se contra o colonialismo, contra os latifúndios e contra um regime económico dos monopólios. O povo foi ator da explosão revolucionária. O 25 de Abril foi a construção de um sujeito histórico novo”, disse, por sua vez, Joana Mortágua, do Bloco de Esquerda.