O crescimento estimado do programa orçamental da saúde para o ano inteiro já foi ultrapassado, neste momento, em 110 milhões de euros.
A revelação foi feita esta terça-feira pela ministra da Saúde, depois de uma avaliação feita há três dias pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS). Segundo Ana Paula Martins a tendência não é de equilíbrio, mas ressalvou que “é preciso amadurecer os dados” e perceber como é que estão a evoluir as Unidades Locais de Saúde (ULS).
“Nós sabemos que existem, pelos dados que temos neste momento e temos que trabalhar com os conselhos de administração, unidades locais de saúde que estão a conseguir ter resultados de acordo com o seu programa operacional (…) que estão muito em linha com aquilo que estava estimado e também sabemos que há outras que estão eventualmente com mais dificuldades, eventualmente, porque o modelo de financiamento pode ter de ser ajustado”, afirmou a ministra na CNN Summit, em Lisboa.
Questionada se o aumento a que se tem assistido ao longo dos últimos oito anos do orçamento do Serviço Nacional de Saúde se vai manter, a ministra disse que “o crescimento da saúde é uma inevitabilidade”. Ana Paula Martins apontou que nos sistemas de saúde considerados desenvolvidos, as expectativas dos cidadãos são cada vez maiores, há cada vez mais a inovação “que traz custos significativos”, mas também “traz resultados significativos”.
Realçou também a rubrica de recursos humanos que tem “um crescimento bastante acentuado”. A ministra considerou ainda que “Portugal tem feito nos últimos anos uma opção política pela saúde”, dedicando-lhe “uma verba que não é irrelevante”.