O que é feito do altar palco do Parque Tejo?

Palco não está a ser usado mas poderá servir outros eventos. CML diz que estrutura está a ser ‘perfeitamente utilizada’.

Foi a primeira vez que o Rock in Rio se realizou no Parque Tejo e uma das estruturas mais faladas na altura da Jornada Mundial da Juventude volta a ser tema: o altar-palco. O palco foi retirado do local , onde ficou só a estrutura de cobertura, o que não passou despercebido a quem frequenta o recinto. «É, provavelmente, a casa de banho mais cara do mundo. Obrigado, [Carlos] Moedas», lê-se em algumas publicações do Facebook ironizando sobre a situação.

A verdade é que o palco que recebeu o Papa Francisco não foi usado neste evento, como muitos esperavam, mas, alega-se, não era palco para concertos como os que o Rock in Rio recebe.

No entanto, a estrutura de cobertura está lá – atrás das casas de banho –, como é possível ver em várias fotos e vídeos. E a Câmara de Lisboa muito se orgulha do seu uso.

O Nascer do SOL questionou a autarquia de Carlos Moedas sobre o destino do palco, quando voltaria a ser usado e como reagia às críticas quanto ao facto de não estar a ser usado tendo em conta ao dinheiro que foi gasto: 2,9 milhões de euros (+ IVA). A Câmara respondeu apenas que a estrutura tem feito muito sucesso. «Sobre a estrutura do altar palco de referir que a mesma está a ser perfeitamente utilizada e, de acordo com a organização, o ALL Experience tem sido mesmo um dos locais com maior procura e sucesso na Cidade do Rock», diz a autarquia liderada por Carlos Moedas ao nosso jornal, acrescentando que esta experiência «procura desafiar e envolver os jovens numa experiência para uma reflexão sobre alguns dos principais temas da nossa sociedade». E, tal como aconteceu na Jornada Mundial da Juventude, este é um espaço dedicado aos jovens.

Sobre o futuro do palco, nada se sabe mas Carlos Moedas já tinha garantido que o palco serviria «para utilizações futuras». A verdade é que, para já, não se sabe quais são essas utilizações futuras e o palco está armazenado até lá.

A dúvida, que é de todos, foi lançada também por Manuel Portugal, líder da bancada socialista na Assembleia Municipal de Lisboa, que diz que o altar palco não serve para futuras utilizações porque desapareceu. Anacoreta Correia, vice-presidente da CML, é de outra opinião: «O palco está onde sempre esteve e onde sempre se disse que está. Ou seja, a estrutura de madeira que nós víamos quando estivemos na Jornada Mundial da Juventude, todo esse material foi retirado e está depositado na Câmara, a Câmara tem-no guardado», disse à RR. Para ser usado quando for oportuno.