A ministra da Administração Interna reconheceu, em declarações ao Observador, a primeira de uma série de entrevista a vários órgãos de informação, que a perceção geral é de uma maior insegurança, mas defendeu que “Portugal continua a ser um país muito seguro” e que é preciso confiar na polícia.
Para Margarida Blasco, a questão coloca-se mais em termos de perceção do que na realidade.
“Não é que haja mais insegurança, é o sentimento — e aí já é uma perceção que parte de cada um e nós tentamos ler e traduzir”, disse Margarida Blasco, quando questionada sobre as declarações do presidente da Câmara de Lisboa ao Nascer do SOL.
“Aquilo que entendo é que Portugal continua a ser um país muito seguro”, sublinhou. Por outro lado, também admitiu que “existe efetivamente uma mudança em termos cartográficos, em termos de pessoas” e que “é preciso conhecer essa realidade”.
A solução, na opinião da ministra, passa pela confiança que as pessoas devem ter na polícia. “Se as pessoas começarem a ver que há mais polícias, e o engenheiro Carlos Moedas também tem a Polícia Municipal que também anda na rua, têm um sentimento de segurança. Mesmo que ela não seja visível, porque muitas vezes trabalham à civil”, disse, garantindo que as autoridades estão a trabalhar em prol de uma polícia efetiva de maior proximidade.
“Aquilo que nós queremos é que as pessoas confiem na sua polícia e que vejam a polícia na rua — porque ver mais polícia na rua diminui esse sentimento [de insegurança]”, explicou na mesma entrevista ao Observador, acrescentando que a visibilidade e a identificação das forças de segurança, nomeadamente através de carros mais caracterizados, “pode fazer aumentar a sensação de segurança”.