Presidente moçambicano diz-se orgulhoso dos seus mandatos

O atual PR e da Frelimo, partido no poder, está constitucionalmente impedido de voltar a concorrer ao cargo.

O chefe de Estado moçambicano diz que que vai deixar a Presidência com «orgulho». Filipe Nyusi destacaos  «avanços» na edificação de escolas e hospitais durante os dez anos dos seus dois mandatos. «Vou deixar o escritório e o deixo com muito orgulho. Aquilo que não fiz foi porque não consegui fazer», declarou o ainda Presidente de Moçambique após uma reunião com o seu homólogo do Botsuana, Mokgweetsi Masisi.

Segundo Filipe Nyusi, durante os seus mandatos, o Executivo moçambicano empenhou-se em construir. «Eu nasci, por exemplo, lá no Norte, mas fiz o meu ensino médio no Centro, porque na minha terra não existia o ensino médio. Hoje, nenhuma criança sai de um distrito para ir fazer escola secundária [noutro distrito]», declarou Nyusi.

Sobre o aumento dos níveis de pobreza nos últimos anos, segundo vários relatórios que avaliam a situação económica em Moçambique, considerou que «a pobreza é relativa em função do tempo», questionando «qual era a população de Moçambique no passado» e afirmando que, se o número de pessoas em Moçambique tivesse prevalecido o mesmo, «não haveria, se calhar, pessoas suficientes para toda água ou energia» que resultam dos «esforços» do Governo moçambicano.

Eleições

Moçambique elege este ano um novo chefe de Estado, no âmbito das sétimas eleições presidenciais.

As presidenciais vão decorrer em outubro em simultâneo com as legislativas e as eleições dos governadores e das assembleias provinciais.

O atual Presidente da República e da Frelimo, partido no poder, está constitucionalmente impedido de voltar a concorrer ao cargo, porque cumpre atualmente o segundo mandato na chefia de Estado, depois de ter sido eleito em 2015 e em 2019.

O Conselho Constitucional aprovou, a 24 de junho, as candidaturas presidenciais de Daniel Chapo, apoiado pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), no poder, Ossufo Momade, apoiado pela Renamo, maior partido da oposição, Lutero Simango, suportado pelo Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceira força parlamentar, e Venâncio Mondlane, apoiado pela CAD.