A faturação da ERA Portugal ronda os 25 milhões de euros, “o que representa o melhor trimestre de sempre da ERA em Portugal a nível deste indicador”. Os dados foram divulgados esta quarta-feira pela imobiliária que destaca ainda que maio foi “mesmo o melhor mês de 26 anos de história da ERA em Portugal, registando uma faturação de aproximadamente 9 milhões de euros”.
E também junho foi o melhor mês até agora, com cerca de 8,6 milhões de euros faturados, “contrariando a habitual quebra de negócio verificada no início do verão”.
Em comunicado, a ERA diz que, numa análise ao primeiro semestre, faturou cerca de 46 milhões de euros (+9% face ao último semestre do ano passado e +10% em relação ao período homólogo).
“No início do ano, ao perspetivar o que seria 2024, antecipei um crescimento a dois dígitos. Talvez por virmos de um contexto menos favorável, muitos acharam pouco realista ou, pelo menos, demasiado ambicioso da minha parte, mas, como se constata por estes números, as previsões estavam corretas. Apesar de ainda estarmos apenas no final do 1º semestre, os recordes atingidos deixam antever um crescimento significativo para este ano”, considera Rui Torgal, CEO da ERA Portugal.
Preço médio faz disparar o valor dos negócios reportados
A ERA destaca que “a tendência a nível de negócios reportados é estável face, por exemplo, a 2022, sendo que a diferença para o resultado deste ano deve-se, sobretudo, a um aumento relevante do ticket médio”. Neste segundo trimestre, o preço médio rondou os 185 mil euros (+8,2% vs. trimestre anterior e +7,7% vs período homólogo).
Os negócios reportados na rede ERA foram 5736 no primeiro semestre (+ 5,2% vs. o período homólogo). Em particular no 2º trimestre, o total de negócios reportados foi 2983 (+8,4% em relação aos primeiros três meses do ano e +7,5% face ao mesmo período em 2023).
No que respeita ao valor dos negócios reportados, o total do 2º trimestre rondou os 485 milhões de euros (+17,8% vs. período homólogo).
A imobiliária adianta também que “o mercado regista uma queda nas angariações e no número de clientes vendedores, o que agrava a pouca oferta disponível em Portugal”.
Feitas as contas, o número de angariações dos primeiros seis meses do ano subiu +15% face ao período anterior, mas decresceu -9% face ao período homólogo. Já o segundo trimestre “foi particularmente desafiante do lado da oferta, com uma descida de -3% na comparação com o trimestre anterior e -4% face ao período homólogo”.
Além disso, quase todos os meses ficaram abaixo do mesmo período do ano passado com a exceção do mês de abril.
“Como podemos ver por estes dados, a oferta é menor a cada trimestre que passa e, tal como tenho vindo a dizer, este é um cenário alarmante para os portugueses. Por muito que as medidas apresentadas pelo novo Governo sejam, em geral, uma boa noticia para o setor, o elevado tempo de implementação das mesmas irá conduzir a uma constante redução do stock que, consequentemente, fará aumentar o preço médio dos imóveis. É cada vez mais urgente criarem-se soluções rápidas para esta crise, que acaba por ter um impacto direto e cada vez mais nefasto em toda a economia do país”, afirma ainda Rui Torgal.
Portugueses acentuam o domínio enquanto compradores
Olhando para a origem dos clientes compradores, Portugal manteve-se estável no primeiro semestre, com Índia e Ucrânia a chegarem também ao Top10. No entanto, nos primeiros seis meses do ano, 78% dos compradores da ERA são portugueses. “Este dado acentua o domínio dos cidadãos nacionais face ao período homólogo em 2023, no qual representavam 73% do total”, diz a ERA.