Primeiramente tenho de aplaudir pela sua coragem as declarações da ministra Margarida Balseiro Lopes. Estas declarações denunciam que a violência doméstica foi deixada para ser combatida com fundos comunitários e jogos sociais, não se percebendo como quem tinha a pasta desta matéria os geriu. Neste momento as vítimas estão sem qualquer apoio e o Orçamento de Estado apenas lhes garante a teleassistência: ou seja absolutamente ‘nada’ mais do que um botão. Segundo as palavras da ministra: «Para enfrentar esta realidade preocupante», o Governo irá implementar políticas de combate à violência doméstica e outras formas de violência contra mulheres, mas também «adotar medidas preventivas mais robustas». E não ficou por aqui a coragem em denunciar: «Recebemos relatos alarmantes de entidades que enfrentavam dificuldades financeiras sérias, impossibilitando-as de responder às necessidades mais básicas de pessoas em situação de grande vulnerabilidade, incluindo crianças», revelou a governante.
É um sinal de evolução termos uma atual ministra a falar sobre um tema não muito falado dentro dos governos, por ministros ou presidentes publicamente!
Na verdade, as mulheres e crianças nunca foram uma prioridade ou então a antiga tutela não teria entregado a pasta no estado em que entregou. Muito menos em contexto de violência doméstica, que é o crime que mais mata em Portugal. Ficarmos a saber que nada funciona, é também palpável pela realidade que me é transmitida todos os dias, por mulheres presas a agressores e pessoas corajosas que, mesmo fazendo queixa, não conseguem chegar a lado nenhum, sem ajudas extraordinárias de denúncias públicas. Enquanto os partidos se atacam para verem quem tem razão, é necessário deixar trabalhar quem neste momento está a governar e digo isto, independentemente da cor política, porque idosas continuam a ser espancadas brutalmente pelos filhos sem os agressores serem capturados não são encontrados. Mulheres estão presas a agressões psicológicas com crianças que não podem fazer nada, a não ser assistirem. Assim, a responsabilidade assumida pelo atual Governo deve ser considerada um avanço. O primeiro-ministro anunciou, na passada quarta-feira, estar a criar um grupo específico para combater a violência doméstica. Nessa mesma quarta-feira uma senhora foi atacada com um martelo e uma faca e nunca mais será a mesma. Eu sei que no meio de todo o reboliço da Assembleia da República e dos risinhos e piadas para aprovar o Orçamento do Estado. Nada parece ter interesse algum mas para todas as crianças órfãs, enquanto existir mais uma mulher a lutar, não baixaremos os braços, seja ela de que partido for. enquanto existir mais uma mulher a lutar, seja ela de partido for, não baixaremos os braços, já que nós mulheres, com voz ativa somos poucas e a Sra. ministra está disposta a lutar connosco! Não iremos nunca perder a esperança! Espero que haja um consenso generalizado entre todos os partidos para defender os direitos das mulheres e crianças pois qualquer causa humana estará sempre acima de qualquer cor partidária!