Os rebeldes houthis do Iémen reivindicaram este domingo a responsabilidade pelo lançamento de “vários mísseis balísticos” contra Israel. O ataque surge depois de Telavive ter bombardeado Hodeida.
O porta-voz militar dos houthis, Yahya Sarea, disse num comunicado que o movimento apoiado pelo Irão lançou a barragem de mísseis contra “alvos importantes” na cidade de Eilat, que não especificou, afirmando que a operação foi levada a cabo “com sucesso”.
A afirmação surge depois de o exército israelita ter anunciado que intercetou um míssil sobre o Mar Vermelho, lançado do Iémen nas primeiras horas da manhã. Embora o míssil não tenha entrado em território israelita, fez disparar as sirenes em Eilat, em caso de queda de estilhaços.
A Arábia Saudita, que se situa entre o Iémen e Israel, tem sido acusada em várias ocasiões pelos rebeldes iemenitas de atuar como primeira linha de defesa de Israel e de intercetar drones e mísseis lançados pelos houthis contra o território israelita.
“O Reino da Arábia Saudita não tem qualquer ligação ou envolvimento no ataque a Al Hodeida”, afirmou o porta-voz do Ministério da Defesa saudita, brigadeiro-general Turki al-Maliki, numa declaração concisa divulgada pela agência noticiosa oficial saudita SPA.
O porta-voz do Ministério da Defesa saudita sublinhou ainda que o país não permitirá que qualquer entidade viole o seu espaço aéreo, depois de terem circulado rumores de que a Arábia Saudita teria autorizado Israel a bombardear o porto de Hodeida.
O ataque foi o primeiro de Israel em território iemenita e surgiu em resposta ao lançamento de um drone houthi no dia anterior, que fez um morto na cidade mediterrânica israelita de Telavive, na primeira ação dos rebeldes com vítimas mortais.
Os houthis, apoiados pelo Irão, estão a atacar há meses, ao largo das costas do Iémen, navios que consideram ligados a interesses israelitas e dispararam mísseis contra cidades israelitas, a grande maioria dos quais foi intercetada.