A Caixa Geral de Depósitos registou um lucro de 889 milhões no primeiro semestre, mais 31,6% face a igual período do ano passado, altura, em que obteve um resultado de 608 milhões de euros. O banco liderado por Paulo Macedo vai entregar este ano um dividendo extraordinário de 825 milhões.
E revela que este ano já pagou ao Estado 423 milhões de euros de IRC referente a 2023 e vai pagar ainda 417 milhões em pagamentos por conta de IRC no que diz respeito ao atual exercício.
A margem financeira registou um crescimento homólogo de 11% para 1,4 mil milhões de euros, impulsionado pelo aumento da atividade de concessão de crédito, nomeadamente no crédito à habitação que aumentou 57% face a igual período do ano passado.
Já as comissões estabilizaram nos 289 milhões de euros no primeiro semestre, enquanto os resultados de operações financeiras registaram um decréscimo para os 88 milhões de euros.
Em termos de custos, o banco público registou uma queda de 23 milhões de euros para 534 milhões no primeiro semestre relacionado com a redução dos encargos com pessoal, “decorrente de efeitos extraordinários relacionados com o programa de reestruturação de pessoal”.
Também as provisões e imparidades para o crédito malparado diminuíram na primeira metade do ano, com a libertação de provisões a ter um impacto positivo de 112 milhões de euros nos resultados da CGD.
“Esta variação está sobretudo relacionada com a atividade da Caixa em Portugal, reconhecendo a melhoria do enquadramento macroeconómico acima do esperado, como demonstra a diminuição de 241 milhões de euros das provisões e imparidades para riscos de crédito”, diz o banco liderado por Paulo Macedo.