Lucros do BPI sobem 28% para 327 milhões nos primeiros seis meses do ano

No primeiro semestre de 2024, o BPI registou um crescimento homólogo de 2% no crédito, enquanto os depósitos aumentaram.

O BPI obteve um resultado líquido de 327 milhões de euros no primeiro semestre de 2024, o que representa uma subida de 28% face aos 256 milhões registados no período homólogo do ano anterior. Só a atividade em Portugal contribuiu com 268 milhões de euros. 

No primeiro semestre, o BPI registou um crescimento homólogo de 2% no crédito, enquanto os depósitos aumentaram 6%. O produto bancário cresceu 18%, enquanto os custos recorrentes se mantiveram estáveis e o custo do risco se situa num nível reduzido de 0.06%, “o que, em conjunto, se traduziu numa melhoria da rentabilidade dos capitais próprios tangíveis recorrentes em Portugal para 19% nos últimos 12 meses”, revela a instituição financeira. 

A carteira total de crédito a clientes (bruto) aumentou 2%, para 30,3 mil milhões de euros, o que corresponde a um aumento de 0,5 mil milhões, enquanto a carteira de crédito à habitação aumentou 2%, para 14,7 mil milhões.

A instituição financeira revela ainda que a contratação de habitação mantém-se acima de 600 milhões de euros nos últimos seis trimestres (641 milhões de euros no segundo trimestre 2024), em que a taxa mista representou 60% dos novos contratos de crédito e a taxa fixa rondou os 21%. Por seu lado, a carteira de crédito a empresas cresceu 5% para 11,7 mil milhões de euros.

João Pedro Oliveira e Costa, presidente executivo do banco, salientou que “o BPI concluiu o primeiro semestre de 2024 com um resultado de grande qualidade, apoiado no crescimento do negócio, em particular na captação de recursos de clientes e na concessão de crédito, enquanto o risco de crédito se mantém em mínimos históricos”, referindo que “mantém uma posição financeira sólida e uma capitalização confortável que nos permite manter uma elevada capacidade de investimento no desenvolvimento dos nossos colaboradores e em tecnologia e inovação, sem esquecer o apoio à sociedade, clientes particulares, empresas e grupos mais vulneráveis”. 

Quanto ao futuro, o CEO aponta para uma diminuição da margem devido ao impacto estimado da redução das taxas de juro. E face a esse cenário acredita que para o total do ano, os resultados deverão ficar mais próximos dos do ano anterior, ao contrário da expectativa inicial que apontava para valores abaixo dos de 2023, mas, devido à evolução prevista das taxas de juro, “será muito difícil ultrapassar” os resultados de 2023.