Protestos deixam Reino Unido a ferro e fogo

Uma onda de protestos violentos assola o Reino Unido.

Ao longo das últimas semanas, um número considerável de cidadãos britânicos saiu à rua e mergulhou o país num caos social e político.

Um caos que já era fácil de prever. As manifestações intensificaram-se na sequência do esfaqueamento de três crianças – uma delas de origem portuguesa – e as tensões étnicas e religiosas nunca estiveram tão altas.

O primeiro-ministro Keir Starmer, eleito há pouco mais de um mês, prometeu uma dura resposta a todos os envolvidos em atos de violência – direta ou indiretamente – e o conceito de two-tier policing (dois pesos e duas medidas no que ao cumprimento da lei e à ação policial diz respeito) reapareceu. Starmer garantiu que irá fazer «sentir a força da lei» contra a «violência organizada».

As imagens são fortes, com a violência a ser alvo de condenação da esquerda à direita, e mostram as terras de Sua Majestade a ferro e fogo.

Ficam assim expostas as fraturas causadas pela inação política face a problemas que ameaçam a coesão social, desde há muito descurados.