Um dia depois de o CDC África ter declarado uma emergência de saúde pública devido a esta epidemia, comité de urgência da OMS reuniu-se.
A varíola dos macacos foi declarada uma emergência de saúde pública em África pelo Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (CDC África) nesta terça-feira. Atualmente, quinze países africanos enfrentam surtos de uma nova estirpe do vírus Mpox (monkeypox), com 2.030 casos confirmados e 13 mortes verificadas neste ano, superando os 1.145 casos e sete mortes registados em 2023, um aumento de 160%.
A doença – identificada pela primeira vez em humanos em 1970 na atual República Democrática do Congo (RDC, antigo Zaire) –, que faz fronteira com Angola, tem vindo a espalhar-se rapidamente. Pela primeira vez, registaram-se casos no Burundi, Quénia, Ruanda e Uganda e, na RDC, surgiram em novas províncias. A República Centro-Africana foi o último país a declarar um surto, a 1 de agosto.
A situação é tão preocupante que a Organização Mundial da Saúde (OMS) reuniu, na quarta-feira, um comité de urgência para avaliar a situação. A reunião, realizada em Genebra, ocorreu um dia após o CDC África ter declarado uma «emergência de saúde pública» devido à epidemia do vírus Mpox no continente. Convocada pelo diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, foi motivada pelo ressurgimento do Mpox neste ano.
Uma nova variante do vírus, conhecida como ‘clade 1b’, foi identificada na RDC em setembro de 2023 e desde então disseminou-se para vários países vizinhos. Segundo a OMS, esta estirpe causa doenças mais graves do que a variante ‘clade 2’. A varíola dos macacos é uma doença viral que se transmite de animais para humanos e através do contacto físico próximo com uma pessoa infetada.