O Produto Interno Bruto (PIB) em volume aumentou 0,6% em termos homólogos no 2º trimestre de 2024 (0,5% no 1º trimestre) e apresentou um crescimento em cadeia de 0,3% na zona Euro. Em Portugal, o PIB em volume apresentou uma variação homóloga de 1,5% no 2º trimestre (variação idêntica no trimestre anterior). “Comparando com o trimestre precedente, o PIB registou uma taxa de variação de 0,1%, após um crescimento em cadeia de 0,8% no trimestre anterior”, indicam os dados do INE.
Os indicadores de curto prazo relativos à atividade económica na perspetiva da produção, disponíveis para junho, apontam para uma diminuição em volume na indústria, uma aceleração em volume na construção e nominal nos serviços e para um aumento nominal na indústria.
Já na perspetiva da despesa, o indicador de atividade económica desacelerou em termos homólogos em maio e junho, enquanto os indicadores de investimento e de consumo privado aceleraram. Por sua vez, o indicador de clima económico, que sintetiza as questões relativas aos inquéritos qualitativos às empresas, diminuiu em junho e julho, após ter aumentado no mês anterior.
O índice de preços na produção industrial apresentou uma variação homóloga de 1,9% em julho, desacelerando face ao aumento de 2,1% registado no mês anterior. A variação do agrupamento de Energia abrandou para 2,9%, após ter sido 8,3% no mês antecedente. Excluindo a componente energética, o índice agregado atingiu uma variação homóloga de 1,7% (0,9% no mês anterior), enquanto o índice relativo aos bens de consumo apresentou um crescimento homólogo de 3,1% em julho (3,2% em junho).
Por sua vez, a variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) situou-se em 2,5% em julho, taxa inferior em 0,3 pontos percentuais (p.p.) à observada no mês anterior. A variação homóloga do índice relativo aos produtos energéticos diminuiu para 4,2% (9,4% no mês precedente), enquanto a variação do índice referente aos produtos alimentares não transformados acelerou, passando de uma variação homóloga de 1,8%, em junho, para 2,8%. Na vertente externa, os preços implícitos das exportações e das importações de bens registaram, em junho, variações de -0,1% e -2,7%, respetivamente (variações de 0,0% e -2,0% em maio).
No 2º trimestre de 2024, a taxa de desemprego fixou-se em 6,1%, menos 0,7 pontos percentuais (p.p.) que a taxa observada no trimestre anterior. O emprego total aumentou 0,8% face ao trimestre anterior e 1,0% em termos homólogos. No mesmo trimestre, a remuneração bruta total mensal por posto de trabalho aumentou 6,4% em relação ao 2º trimestre de 2023. Em termos reais, tendo como referência a variação do IPC, a remuneração bruta total aumentou 3,6%.