Na segunda feira, Mark Zuckerberg, CEO da Meta, detentora do Facebook, endereçou uma carta ao representante republicano Jim Jordan que se revelou um balde de água fria na administração incumbente.
Zuckerberg admitiu que «altos funcionários da administração Biden, incluindo a Casa Branca, pressionaram repetidamente as nossas equipas (…) para censurar certos conteúdos sobre a COVID-19, incluindo humor e sátira». Declarações fortes às quais a Casa Branca foi obrigada a reagir: «Acreditamos que as empresas de tecnologia e outros atores privados devem ter em consideração os efeitos que as suas ações têm na população americana».
Zuckerberg mostra-se arrependido de ter cedido às pressões e lamenta não ter falado mais cedo, chegando ainda a mencionar o polémico caso do computador de Hunter Biden, filho do Presidente. É considerado por muitos um exemplo de tentativa de suprimir a liberdade de expressão – direito salvaguardado pela primeira emenda da Constituição americana – com a justificação de proteção e de luta contra a desinformação, um fenómeno a que também se tem assistido na Europa.