As reclamações no setor das telecomunicações diminuíram 9% no segundo trimestre, sobretudo devido à quebra nas queixas sobre comunicações eletrónicas, mas as relativas aos serviços postais aumentaram 10%.
A Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) revelou esta segunda-feira que, entre abril e junho, registou cerca de 23.200 reclamações escritas contra prestadores de serviços de comunicações. O número representa menos 9% do que em igual período de 2023.
Esta descida foi sobretudo impulsionada pela redução de 18% das reclamações sobre comunicações eletrónicas, para 14.200. Já as reclamações sobre serviços postais tiveram um novo aumento homólogo, de 10%, para 9.000.
Considerando o conjunto dos primeiros seis meses do ano, houve 48.400 reclamações sobre serviços de comunicações, menos 11% em termos homólogos. Deste total, 30.000 reclamações respeitam a comunicações eletrónicas (62% do total), menos 20% do que no mesmo período do ano anterior.
Os serviços postais foram responsáveis por 18.400 reclamações, mais 12% face ao período homólogo, e representam 38% do total.
De acordo com o regulador, as falhas no serviço de acesso à Internet fixa foram o motivo mais reclamado pelos utilizadores de serviços de comunicações eletrónicas, respondendo por 1.760 reclamações (12% do total do setor) no segundo trimestre do ano. São também o motivo com maior peso no primeiro semestre do ano, com 3.700 queixas.
Os outros motivos mais reclamados foram a demora ou não resolução de reclamações, a demora ou reparação deficiente de serviços e as dificuldades no exercício do direito de livre resolução dos contratos.
No setor dos serviços postais, a falta de tentativa de entrega no domicílio foi o motivo mais reclamado (17% do total de reclamações do setor) no segundo trimestre de 2024, sendo que os atrasos na entrega de correio normal nacional e o extravio de correio registado nacional foram os motivos que mais aumentaram face ao mesmo período de 2023.