A comissão parlamentar de inquérito ao caso das gémeas luso-brasileiras rejeitou, esta sexta-feira, o pedido da antiga secretária do ex-secretário de Estado António Lacerda Sales para ser ouvida à porta fechada.
“A mesa e coordenadores decidiram que o pedido, conforme foi efetuado por Carla Silva, não vai ser aceite pela comissão nesses moldes, de não haver qualquer transmissão de vídeo e áudio e à porta fechada”, disse o presidente da comissão, Rui Paulo Sousa.
De acordo com o deputado do Chega, será feita uma proposta aos deputados da comissão para na altura da audição da ex-secretária de Lacerda Sales, não estarem “jornalistas na sala, nem qualquer outra pessoa estranha, a não ser os membros da comissão e assessores”.
“A transmissão de vídeo que vai ser emitida, como é hábito, não vai ter a imagem. Só o som da voz. Ou seja, a audição vai ser transmitida sem imagem, só com som. É pública e os jornalistas terão acesso em direto a toda a informação que for prestada”, sublinhou.
Rui Paulo Sousa explicou que para a comissão esta a solução vai “ao encontro das preocupações” de Carla Silva “ao nível de proteção de imagem”, lembrando que neste caso não existe proteção de testemunha.
A proposta será votada na próxima quarta-feira pelas 14h45 em plenário da comissão. A antiga secretária de Lacerda Sales, que será ouvida na próxima sexta-feira e “não pode recusar” a decisão dos deputados, porque “é um pedido que só a comissão é que pode decidir, se sim ou se não”, lembrou ainda o presidente da CPI.