Ministro da Defesa diz que Olivença “é portuguesa” e que país “não abdica” desse direito

“No que toca a Olivença, o Estado português não reconhece como sendo território espanhol”, disse Nuno Melo.

O ministro da Defesa afirmou, esta sexta-feira, que a localidade de Olivença “é portuguesa”, defendendo que “não se abdica” dos “direitos quando são justos”.

Nuno Melo foi questionado sobre o assunto em Estremoz, no distrito de Évora, e não hesitou em dizer: “Olivença é portuguesa, naturalmente, e não é provocação nenhuma”.

“Aliás, por tratado, Olivença deverá ser entregue ao Estado português”, à margem da cerimónia comemorativa do Dia do Regimento de Cavalaria N.º 3 (RC3), naquela cidade alentejana.

“E diz-se, desde o Tratado de Alcanizes, como Portugal tem as fronteiras mais antigas definidas, exceto esse bocadinho”, porque, “no que toca a Olivença, o Estado português não reconhece como sendo território espanhol”, sublinhou o ministro, acrescentando que esta não é uma questão “de ontem, é de hoje”.

Nuno Melo lembrou ainda que quando foi eurodeputado defendeu a questão e a sua posição de Olivença é portuguesa mantém-se.

“Fi-lo, desde logo, no Parlamento Europeu, em questões colocadas, enfim, mas sabe, a ‘real politik’ é a ‘real politik’”, o que “não invalida a expressão dos direitos” e, quando estes “são justos, deles não se abdica”, afirmou.

Recorde-se que Olivença fica na zona raiana e foi reivindicada por direito por Portugal, desde o tratado de Alcanizes, em 1297, mas que Espanha anexou e mantém integrada na província de Badajoz, na comunidade autónoma da Estremadura, apesar de ter reconhecido a soberania portuguesa sobre a cidade quando subscreveu o Congresso de Viena, em 1817, como lembra a agência Lusa.