Marcelo Rebelo de Sousa recordou, esta segunda-feira, o encenador Rogério de Carvalho, que morreu no sábado, aos 88 anos, dizendo que se trata de uma figura do teatro “que todos respeitam”.
“Há no teatro, como em todas as artes, figuras que todos conhecem e outras que todos respeitam, mesmo que não tenham um reconhecimento público mais alargado. Rogério de Carvalho pertencia a estes últimos”, pode ler-se numa nota publicada na página da Presidência da República, na Internet.
O teatro de Rogério de Carvalho “esteve sempre próximo dos grupos independentes”, dando como exemplo o trabalho desenvolvido, “com especial assiduidade, com o Teatro Griot e [a Companhia de] Teatro de Almada, onde encenou Molière, Racine, Tchékhov ou Strindberg”.
“No teatro contemporâneo, cultivou a radicalidade de Fassbinder e de Howard Barker”, frisa.
Rogério de Carvalho morreu na noite de sábado no Hospital Garcia de Orta, em Almada, onde se encontrava internado desde o passado dia 15, na sequência de um acidente vascular cerebral.