Argentina formaliza pedido de detenção de Maduro

A Venezuela reagiu, argumentando que tal decisão violava “a jurisdição dos Estados e as imunidades e privilégios” dos altos funcionários

Um juiz argentino formalizou junto da Interpol os pedidos de detenção do presidente e do ministro do Interior da Venezuela no âmbito de uma investigação por crimes contra a humanidade sob o princípio da “jurisdição universal”. 

“Expedem-se ordens de detenção de Nicolás Maduro Moros e Diosdado Cabello (…) e forneça-se as detenções internacionais dos referidos, via Interpol, com fins de extradição para a República Argentina”, publicou o portal Infobae, citando a resolução do juiz federal Sebastián Ramos.

Por sua vez, o Foro Argentino para a Defesa da Democracia (FADD), parte queixosa no caso, instou, em comunicado citado pela agência AFP, a Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) a “processar os alertas vermelhos para que os perpetradores desses crimes sejam detidos e possa haver justiça para as vítimas”.

A emissão das ordens de captura ocorre dois dias após a Câmara Federal instruir a prisão de Maduro com base no princípio da “jurisdição universal”. Este princípio permite aos países processarem crimes contra a humanidade independentemente de onde tenham sido cometidos e da nacionalidade dos perpetradores ou das vítimas.

A Venezuela reagiu, argumentando que tal decisão violava “a jurisdição dos Estados e as imunidades e privilégios” dos altos funcionários. Antes, tinha confirmado a sua própria ordem de prisão contra o presidente argentino, Javier Milei, e outros altos funcionários do país, também acusados ​​de crimes contra os direitos humanos.