De janeiro a setembro deste ano, o comércio externo da China ascendeu a 32,33 triliões de yuans (cerca de 4.197 mil milhões de euros), um crescimento de 5,3% em relação a 2023. Neste período, as exportações cresceram 6,2% e as importações aumentaram 4,1%. Analistas internacionais consideram que se trata de um aumento muito significativo, no contexto da recuperação da economia mundial e do agravamento do protecionismo comercial global.
De registar que foram batidos dois recordes: pela primeira vez, foi excedido o valor de 32 triliões de yuans nos três primeiros trimestres do ano; e em cada um desses trimestres, esse valor ultrapassou os 10 triliões de yuans. A este propósito, o professor Wang Xiaosong, catedrático da Faculdade de Economia da Universidade de Renmin (China), afirmou que tal desempenho “representa a estabilidade e a poderosa força motriz endógena do comércio externo daquele país”.
Justificando estes resultados, analistas referem que “tendo em consideração os fatores internos, graças às completas cadeias de suprimento industriais, ao efeito da economia de escala e ao rápido progresso tecnológico, os produtos chineses dispõem de forte competitividade, o que garante a sua expansão no mercado internacional; enquanto, sob o ponto de vista externo, o aumento da procura criou condições favoráveis às exportações chinesas”. E continuam:
“Os recordes do comércio externo da China mostram a estabilidade e a qualidade do próprio mercado, além de oferecerem ao mundo mais mercadorias inteligentes, verdes e de última geração. As exportações chinesas de veículos elétricos, bateria de lítio e produtos fotovoltaicos já chegaram a mais de 200 países e regiões do mundo, enriquecendo o fornecimento global e aliviando a pressão inflacionária, além de contribuírem para dar resposta às alterações climáticas e à transição verde global”.
Acrescentam depois:
“Ao mesmo tempo, a China está a partilhar com o Mundo o seu enorme mercado e novas oportunidades, ao ampliar as importações. De janeiro a setembro deste ano, o volume de importações pela China tem aumentado trimestre a trimestre, e cresceu o comércio do país com mais de 160 nações e regiões do mundo. Durante os últimos nove meses, o governo chinês negociou e assinou acordos comerciais com diferentes partes, com a finalidade de explorar o mercado dos parceiros da Iniciativa ‘Uma Faixa, Uma Rota’ e, consequentemente, introduzir produtos de qualidade”.
E concluem:
“O comércio externo é um barómetro do desenvolvimento económico de um país, pelo que a sua tendência de crescimento na China reflete a resistência e a vitalidade da sua economia”.
Recentemente, a Goldman Sachs e outras instituições financeiras internacionais melhoraram a previsão para o crescimento económico da China em 2024, tendo em conta as novas medidas do governo que visam revigorar o mercado e a economia nacional.