Demasiada tinta irá correr nos próximos dias e semanas antes que a morte de Liam Payne, ex-membro da banda One Direction, possa colocar todos perante esse vazio que só o silêncio consegue abarcar. Aos 31 anos, o cantor ter-se-á precipitado da varanda do terceiro andar, caindo no pátio interior do hotel onde estava hospedado em Buenos Aires. Foi uma queda de cerca de 13 metros. E não se sabe se resultou de um acidente ou se se tratou de um ato desesperado. Os jornais argentinos referem que a polícia foi chamada a um hotel no bairro de Palermo, respondendo a uma chamada de emergência que mencionava «um homem agressivo que poderia estar sob o efeito de drogas e álcool». Os paramédicos vieram posteriormente a confirmar a morte de Payne.
Numa altura em que as circunstâncias da sua morte não eram ainda claras, no esforço de oferecer algum contexto, vários órgãos de comunicação recordaram que, nas suas entrevistas, o cantor admitiu as dificuldades que vinha sentindo não apenas a respeito da sua saúde mental, agravada pelo recurso a opiáceos e consumo de álcool para lidar com os efeitos indesejados da fama.
Numa chamada para o 112, obtida pela Associated Press, o gerente do hotel solicita ajuda para conter «um hóspede que está dominado por drogas e álcool… Ele está a destruir o quarto todo e, bem, precisamos que mandem alguém, por favor». A mesma agência de notícias chegou à fala com Pablo Policicchio, o porta-voz do Ministério da Segurança de Buenos Aires, que adiantou que Payne «tinha saltado da varanda do seu quarto».
Payne estava na capital argentina para assistir ao concerto do seu ex-colega de banda, Niall Horan. A banda foi formada em 2010, por iniciativa do júri da versão britânica do programa de talentos X Factor, que depois de ouvir cada um dos rapazes em separado, vislumbrou um pack de sucesso. Assim, Payne juntou-se a Horan, a Harry Styles, Zayn Malik e Louis Tomlinson, e a ‘boys band’ viria a iniciar a sua carreira depois de ter terminado em terceiro lugar naquele programa. O grupo, que vendeu 70 milhões de discos em todo o mundo, separou-se quatro anos depois, com todos os seus membros a prosseguirem carreiras a solo.