À medida que a data das eleições nos Estados Unidos da América se aproxima, a classe política torna-se mais cautelosa nos comentários. Seja quem for o candidato vencedor, será Presidente da maior potência do ocidente com quem Portugal tem particulares relações de proximidade, não só por integrar a União Europeia, mas também pela relação e aliança bilateral que sempre foi uma prioridade para o país em matéria de política externa.
É a cautela que leva os principais partidos de governo, PS e PSD a evitarem comentários mais assertivos que, no dia 6 de novembro possam ser interpretados como declarações hostis ao novo Presidente americano.
“Portugal vai ter que se relacionar com o novo inquilino ou inquilina da Casa Branca num ambiente de amizade, normalidade e respeito pela escolha do povo norte-americano, como sempre aconteceu na relação histórica entre os dois países”, comentou um responsável diplomático, que recusou fazer juízos de valor sobre os candidatos, ou mesmo, traçar cenários em caso de vitória de um ou de outro.
Aconteça o que acontecer, a verdade é que nos bastidores da política nacional já se fazem muitas contas sobre os possíveis cenários pós eleitorais, até porque, todos sabem que o que acontece do outro lado do atlântico pode ter muito mais influência na política caseira do que as decisões nacionais.