Alunos portugueses com elevada Literacia em Computadores e Informação

O ICILS realiza-se de cinco em cinco anos

Os alunos portugueses obtiveram uma pontuação média de 510 pontos em Literacia em Computadores e Informação (LIC) acima da média dos países participantes (476 pontos) num estudo divulgado esta terça-feira. O resultado posiciona Portugal no 6.º lugar num total dos 31 países que cumpriram os requisitos de amostragem.

Um comunicado divulgado esta terça-feira pelo Ministério da Educação e Ciência, revela que, no estudo internacional ICILS – International Computer and Information Literacy Study 2023, 63% dos alunos portugueses alcançaram, pelo menos, o nível 2 na escala de proficiência em CIL (50% na média internacional). Ou seja, alcançaram 493 pontos ou mais. 

“Já 21% dos alunos portugueses alcançaram o nível 3 ou 4 da escala de proficiência em CIL (15% na média internacional). As raparigas pontuaram 514 pontos e os rapazes 505 pontos e os os alunos que frequentam escolas privadas apresentaram um melhor desempenho em CIL do que os alunos das escolas públicas.

O CIL refere-se à capacidade de utilizar computadores para investigar, criar e comunicar, de modo a participar ativamente nas sociedades contemporâneas, seja em casa, na escola, no local de trabalho e na sociedade.

Segundo a nota enviada às redações “existe uma correlação baixa entre os resultados em CIL e o estatuto socieconómico (escolaridade dos pais, profissão dos pais e número de livros em casa) dos alunos”. 

No entanto, a “experiência na utilização de computadores e o número de computadores que os alunos tinham em casa tem influência nos resultados médios obtidos em CIL: alunos sem computador em casa pontuaram em média menos 80 pontos do que os alunos com 3 ou mais computadores (448 vs 528 pontos)”.

Pensamento Computacional na média

O ICILS, que se realiza de cinco em cinco anos, avalia também o Pensamento Computacional (CT) , domínio no qual os alunos portugueses obtiveram 484 pontos.

Esta pontuação média que não se diferencia estatisticamente da média internacional (483 pontos) e coloca Portugal na 12.ª posição num total de 21 países que participaram e que cumpriram os requisitos de amostragem. 

Neste aspeto, 34% dos alunos portugueses não alcançaram o nível 2 de desempenho, ou seja, obtiveram uma pontuação média inferior a 440 ponto e cerca de 24% de alunos portugueses alcançaram resultados superiores ao nível 3, obtendo pelo menos 551 pontos. 

Os rapazes superaram as raparigas neste domínio, com uma pontuação de 489 pontos (11 pontos acima do valor médio das raparigas) e os alunos das escolas privadas (547 pontos) pontuaram mais 71 pontos do que os alunos das escolas públicas (475 pontos). 

Segundo o comunicado, “existe uma correlação entre os resultados médios em CT e o estatuto socieconómico dos alunos” uma vez que o número de computadores em casa parece influenciar os resultados dos alunos”.

Os estudantes que indicaram possuir três ou mais computadores a pontuar mais 78 pontos em relação aos que não têm computador em casa (503 vs 425)

O CT refere-se à capacidade de reconhecer aspetos e problemas do mundo real passíveis de uma formulação computacional, bem como a sua capacidade de avaliar e de desenvolver soluções algorítmicas para esses problemas, que possam ser operacionalizadas em computador.