O Presidente da República prometeu esta segunda-feira “neutralidade rigorosa” em relação às próximas eleições presidenciais. Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que nem coloca o cenário de novas legislativas até ao fim deste seu mandato.
O chefe de Estado escusou-se a confirmar se já foi informado pelo Governo de que o almirante Henrique Gouveia e Melo não quer ser reconduzido na chefia da Armada. Sobre a possibilidade de este ser candidato presidencial e eventualmente vir a haver um militar Presidente da República, o chefe de Estado respondeu: “Sabem que uma coisa que eu não faço é comentar eleições. Nem eleições locais, nem eleições europeias, nem eleições parlamentares e, por maioria de razão, eleições presidenciais”.
“O Presidente da República deve ser aí de uma neutralidade rigorosa, e é isso que eu tenho sido. É o que vou ser, no ano que vem, em relação às locais. É aquilo que eu estarei em relação a pré-campanhas presidenciais”, prometeu Marcelo.
“Espero que não haja legislativas, portanto não coloco a questão em relação às legislativas”, acrescentou o Presidente da República.
As próximas eleições presidenciais deverão realizar-se em janeiro de 2026. O segundo mandato de Marcelo Rebelo de Sousa irá terminar a 9 de março desse ano. Seis meses antes, perde o poder de dissolução do parlamento.
Sobre a nomeação do chefe do Estado-Maior da Armada, Marcelo Rebelo de Sousa limitou-se a referir “pura e simplesmente” que o processo começa “daqui a dois dias, isto é, um mês antes do termo do mandato”. Cabe ao Governo a proposta e o Presidente da República “é o último interveniente”, disse.
