A Eslováquia confirmou esta sexta-feira que está pronta para acolher conversações de paz para pôr fim ao conflito na Ucrânia. A confirmação vem depois de o presidente russo ter considerado anteriormente “aceitável” que o país se tornasse “uma plataforma” de diálogo.
“Oferecemos solo eslovaco para tais negociações”, escreveu o ministro dos Negócios Estrangeiros na rede social Facebook nesta madrugada. Juraj Blanar adiantou que as negociações deverão acontecer “com a participação de todas as partes e, por conseguinte, também da Rússia”.
Na quinta-feira Vladimir Putin afirmou que a Eslováquia, cuja “posição neutra” elogiou, se ofereceu como uma espécie de “plataforma” para possíveis negociações.
“Consideramos a declaração do Presidente russo como um sinal positivo para pôr fim, o mais rapidamente possível, a esta guerra, ao derramamento de sangue e à destruição”, escreveu Juraj Blanar.
O primeiro-ministro eslovaco, Robert Fico, um dos poucos líderes europeus que se mantêm próximos do Kremlin encontrou-se com Vladimir Putin em Moscovo, a 22 de dezembro. O encontro provocou indignação e fortes críticas por parte de Kiev e dos parceiros europeus.
Segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros eslovaco, Bratislava informou, em outubro, os seus “parceiros ucranianos” da sua disponibilidade para negociações de paz.
Embora a Eslováquia seja membro da União Europeia e da NATO, aproximou-se da Rússia, defendendo a posição húngara, desde o regresso ao poder do nacionalista Robert Fico, no outono de 2023. Fico suspendeu toda a ajuda militar à Ucrânia e acusa Kiev de pôr em perigo o fornecimento de gás russo ao seu país, que deseja continuar a comprar.
A Ucrânia anunciou, no verão passado, que não iria renovar o seu contrato com a Rússia até ao final do ano para transporte de gás russo para a Europa através da sua extensa rede de gasodutos. Ainda não foi encontrada nenhuma solução.