2025 está à porta. O ano da Revolução Conservadora. Uma revolução que se tem vindo a anunciar ao longo destes últimos dez anos, na Europa, primeiro, com o avanço dos partidos da Direita Conservadora, a chamada Direita ultra-conservadora, populista ou radical. Nos Estados Unidos, depois, com a vitória de Trump em 2016. Sem equipa e tendo de fazer frente a um partido republicano estruturalmente hostil ao caipira, ao parvenu sem qualquer pedigree social e político, Trump em muito pouco conseguiu rentabilizar essa vitória. Mas aprendeu o que fazer e como fazer.
Passando por S. Salvador, 2019, quando Nayib Bukele é eleito Presidente da República e, desafiando a delicada sensibilidade dos ‘humanistas’, transforma o país mais inseguro do mundo, paraíso dos gangues do narcotráfico, no país mais seguro, à frente da Suíça. Resultou e provou que é possível reverter as políticas de Esquerda nesse campo e que a forma de o fazer é ir directamente à raiz dos problemas.
Terminando na Argentina quando, em 2023, Javier Milei é eleito Presidente de um país arruinado, a dois ou três meses de cair numa incontrolável hiper-inflação. Aplicando receitas radicalmente liberais e que toda a gente dizia não irem funcionar acusando-o a ele, Milei, de louco, em menos de um ano este homem que pensa fora da caixa conseguiu o que ninguém acreditava ser possível: colocar a Argentina de novo no mapa. Simultaneamente as suas políticas anti-woke começam a dar os seus frutos. O que existe de comum entre estes três homens? A coragem de desafiar, sem temor, as ideias dominantes e de fazer frente ao socialismo profundo que alimenta todos os partidos do sistema das democracias liberais, do centro-direita à extrema-esquerda. Os três, Trump, Milei e Bukele representam a recusa radical do ecossistema woke-socialista e estão em guerra aberta e declarada contra ele, mas, sobretudo, contra a matriz cultural desse ecossistema. Mais do que isso e muito importante, tudo aponta para que, para além de uma sensibilidade comum, tenham os três uma estratégia comum para vencer essa guerra cultural e reverter uma situação que dura há, pelo menos, um século.
E aqui entram as duas figuras de proa da notável equipa de Trump, Elon Musk e JD Vance. Este, pela sua profunda cultura política, rara num político, particularmente norte-americano; Musk, pela sua capacidade inata de entender onde se encontra o cerne dos problemas, pela notável inteligência que o leva a conceber soluções claras e exactas para questões complexos e pela coragem sempre demonstrada, na sua vida de empresário, para aplicar essas soluções. O poder político de Trump, ao leme da mais poderosa nação da Terra, a consistência do pensamento político de Vance e a capacidade intelectual e poder financeiro de Musk estão na base de uma equipa que, salvo qualquer acontecimento extraordinário, sempre possível, lançarão essa revolução conservadora em 2025.
A grande incógnita, é como irá a Europa reagir a este maremoto conservador. Irá ficar imobilizada dentro dos seus obcecantes cordões sanitários, em torno do centrismo radical de Bruxelas, fechando-se hermeticamente sobre si própria, sobre a sua ruína intelectual, social, moral, económica, financeira e política ou irá entender que tem apanhar a onda e retomar o seu antigo esplendor? Uma análise que fica para a próxima semana.
2025: o ano da Revolução Conservadora
O poder político de Trump, a consistência do pensamento político de Vance e a capacidade intelectual e poder financeiro de Musk, lançarão a revolução conservadora em 2025.