O Governo convocou esta terça-feira os sindicatos que representam os bombeiros sapadores para retomar as negociações interrompidas a 3 de dezembro de 2024 para uma nova reunião.
As reuniões foram marcadas pelo secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território e, na quinta-feira, estarão vários sindicatos, incluindo o Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (SINTAP), Sindicatos dos Trabalhadores do Município de Lisboa (STML), Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional (STAL) e Sindicato Nacional dos Bombeiros Profissionais (SNBP).
“O Governo manifesta a disponibilidade para retomar o respetivo processo, atualmente suspenso, com objetivo de dar seguimento ao mesmo”, lê-se na convocatória enviada às estruturas sindicais, citada pela agência Lusa.
Tal como as anteriores reuniões, as próximas vão acontecer na sede do Governo, no Campus XXI, em Lisboa. Tendo em conta que a última manifestação dos bombeiros sapadores levou à interrupção das negociações, o Governo avisou que “a realização desta reunião só pode ser viabilizada, desde que estejam asseguradas as condições de negociação, segurança e responsabilidade”.
O Sindicato Nacional dos Bombeiros Sapadores (SNBS) tem uma greve e uma manifestação marcada para o dia 15 de janeiro junto da Assembleia da República.
A greve vai abranger vários serviços, como formaturas, instrução, formação, serviço administrativas, exercícios, prevenções e pareceres técnicos. De fora da convocatória da greve estão serviços de urgência ou de emergência relacionados com a saúde ou proteção civil.
No início de dezembro, o executivo suspendeu as negociações com os bombeiros sapadores, acusando-os de estarem a fazer pressão ilegítima, com um protesto que incluiu petardos, tochas e fumos junto à sede do Governo.
Os bombeiros sapadores já realizaram três manifestações desde outubro com rebentamento de petardos e lançamento de tochas, além de uma ocupação da escadaria da Assembleia da República.
Os bombeiros sapadores exigem a valorização da carreira, que dizem não ser revista há mais de 20 anos, e o aumento de subsídios como o de risco, não aceitando a primeira proposta apresentada pelo Governo.