O grupo aéreo IAG manifestou ao Governo português interesse numa participação maioritária na TAP ao longo do tempo, caso avance para a compra. A decisão que vai depender das condições impostas pelo Estado.
“Ao longo do tempo, gostaríamos de ter um caminho para uma [posição] maioritária, porque daria possibilidade ao negócio para crescer sem o investimento de outros acionistas”, avançou o administrador do IAG Jonathan Sullivan.
Num encontro com jornalistas portugueses, em Dublin, na Irlanda, o responsável acrescentou que este interesse numa posição maioritária na TAP foi já expresso ao Governo. Mas “não sabemos se vamos participar ou não, depende das condições”, realçou Jonathan Sullivan, citado pela agência Lusa.
O grupo espera agora conhecer as condições para o negócio, depois de o Executivo se ter reunido, recentemente com interessados na compra da transportadora aérea portuguesa.
A reunião aconteceu no âmbito do processo de reprivatização preparado pelo anterior executivo, que o queria concluir em 2024, mas que ficou em espera com a mudança de Governo. Além do IAG, os grupos europeus Lufthansa e Air France-KLM também manifestaram publicamente interesse no negócio.
O administrador do IAG apontou que o negócio da TAP é interessante por “muitas razões”, como o ‘hub’ (plataforma de distribuição de voos), que considerou “um ativo tremendo”, a conectividade com a América Latina e com a América do Norte, que seria “um bom complemento” à operação das companhias que compõem o grupo IAG.
O grupo IAG tem oito companhias aéreas, entre elas a British Airways, e Iberia, a Vueling e a Aer Lingus.