Lucros da CGD são a longo prazo

A estimativa é que em dois anos a CGD entrega no total ao Estado 3.000 milhões de euros (entre dividendos e pagamento do IRC)

O presidente executivo da Caixa Geral de Depósitos (CGD) disse esta terça-feira, na Assembleia da República, que os lucros do banco não são de curto prazo. Segundo Paulo Macedo, sem alterações geopolíticas significativas em 10 anos a Caixa  estará a dar lucros todos os anos.

“A Caixa não tem dado lucros nos últimos anos, dá lucro consecutivo desde 2017, não é curto prazo. Se não houver alterações geopolíticas a Caixa em 10 anos vai todos os anos dar lucro”, disse Paulo Macedo perante os deputados da Comissão de Orçamento e Finanças. O responsável acrescentou que “dizer que [os lucros da CGD] são lucros de curto prazo é tolice”.

Sobre os lucros de 2024, admitiu que serão superiores aos de 2023 (1.291 milhões de euros) mas que também que “não vai ser sempre assim, estamos a falar do pico”. 

Com a baixa das taxas de juro os lucros diminuirão, mas a expetativa é que os lucros recorrentes “continuarão a ser expressivos”. Para Macedo, citado pela agência Lusa, uma CGD “com resultados positivos fortalece o sistema” e não há banco que seja relevante com “maus rácios financeiros”.

O presidente executivo da CGD defendeu ainda que “não interessa se o lucro é alto ou baixo mas se remunera capitais”, neste caso os colocados pelo Estado já que o banco é  100% público.

Paulo Macedo disse ainda que à CGD cabe remunerar o acionista, o Estado, e depois cabe aos políticos decidir no que aplicar esse dinheiro. A estimativa é que em dois anos a CGD entrega no total ao Estado 3.000 milhões de euros (entre dividendos e pagamento do IRC).