Os sindicatos de professores e investigadores do ensino superior reuniram-se esta quarta-feira com o Governo. A expetativa é que se corrijam as desigualdades entre os docentes dos politécnicos e das universidades através de uma carreira única.
A possibilidade de criar um estatuto da carreira docente único para os professores do ensino superior foi assumida pelo próprio ministro da Educação, Ciência e Inovação em reunião com o Sindicato Nacional do Ensino Superior (SNESup) e as federações nacionais da Educação (FNE) e dos Professores (Fenprof).
O presidente do SNESup considerou que esse foi um dos sinais positivos dados por Fernando Alexandre, em resposta às reivindicações dos sindicatos. “Há vontade do Governo em resolver esta situação”, disse José Moreira, citado pela agência Lusa.
Os atuais estatutos da carreira do pessoal docente do ensino superior politécnico e da carreira docente universitária geram diferenças entre os professores dos dois subsistemas, nomeadamente salariais. “Vai trazer mais igualdade dentro daquele lema de ‘trabalho igual, salário igual’ e mais igualdade entre os dois subsistemas, que é algo que a FNE defende”, concordou o secretário-geral adjunto da FNE, José Luís Abrantes.
Da reunião com o Executivo, a primeira dedicada a temas gerais do ensino superior e à ciência, os sindicatos saíram também com expectativas positivas relativamente à progressão na carreira por acumulação de pontos.