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Realizou-se no passado dia 7 de maio, no Rio de Janeiro, a 17.ª Cimeira do BRICS — a primeira após a adesão da Indonésia como membro pleno e a integração de outros dez países na qualidade de parceiros. O alargamento reflete a crescente influência do grupo, agora composto por 11 países da Ásia, África e América Latina, representando mais de metade da população mundial e aproximadamente um terço da economia global. Em termos de paridade do poder de compra, o produto interno bruto (PIB) conjunto do BRICS já ultrapassa o do G7.
Num contexto internacional caracterizado por rápidas transformações e desafios crescentes, os países do BRICS, enquanto representantes centrais do Sul Global, assumem uma responsabilidade acrescida na promoção de uma reforma do sistema de governança global. Entre os temas abordados durante a cimeira, destacaram-se a defesa do multilateralismo, a resolução pacífica de conflitos e o impulso a uma ordem económica internacional mais justa, inclusiva e aberta
A delegação chinesa reafirmou a importância de preservar a equidade e a justiça internacionais, bem como de resolver disputas por meios pacíficos. Sublinhou ainda o papel central do BRICS como força estabilizadora numa conjuntura global volátil.
No plano económico, e perante uma conjuntura de desaceleração global, a China anunciou medidas destinadas a estimular o crescimento sustentável entre os países do Sul Global. Entre estas, destacam-se a criação de um centro de investigação dedicado às novas forças produtivas, o reforço da cooperação em áreas emergentes como a economia digital e a transição energética, e a promoção da marca “Sul Digital”, no quadro da Iniciativa de Desenvolvimento Global. Prevê-se, nos próximos cinco anos, a realização de 200 acções de formação em economia digital e inteligência artificial dirigidas a países em desenvolvimento.
A reunião coincidiu com o décimo aniversário do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), cuja relevância tem vindo a crescer enquanto instrumento de apoio financeiro aos países membros e parceiros. A China reafirmou o seu apoio ao reforço desta instituição e à ampliação da cooperação financeira no seio do grupo.
Consolidando-se como símbolo de solidariedade entre países em desenvolvimento, o BRICS continua a expandir o seu “círculo de amigos”, procurando desempenhar um papel ativo na promoção da estabilidade e do progresso global. Nesse sentido, a China compromete-se a aprofundar a “cooperação ampliada do BRICS” e a contribuir de forma construtiva para a evolução do sistema internacional.