Startup portuguesa cria profissão de “Arquiteto Educacional”

No centro da oferta está o OmniFlux, uma plataforma desenvolvida internamente que monitoriza o progresso dos alunos em tempo real e gera alertas automáticos para intervenção rápida

A Omniscience, startup portuguesa de consultoria educacional, está a revolucionar o acompanhamento escolar ao substituir o modelo tradicional de explicações por uma abordagem disruptiva: ensinar alunos dos 10 aos 18 anos a arquitetarem o seu próprio percurso académico como um “sistema complexo”. 

A novidade está nos profissionais que escolheu para o fazer – engenheiros, matemáticos e biólogos que aplicam à educação a sua capacidade de resolver problemas complexos, criando a nova profissão de “Arquiteto Educacional”.

A consultora, que entrou no mercado esta semana, foca-se em três perfis que as escolas não conseguem acompanhar adequadamente sozinhas: alunos significativamente atrasados em disciplinas científicas e matemática, estudantes de alto potencial que necessitam de diferenciação curricular, e famílias que procuram gestão académica próxima e personalizada. A proposta passa por combinar tecnologia proprietária com acompanhamento humano intensivo.

Plataforma OmniFlux monitoriza progresso em tempo real

No centro da oferta está o OmniFlux, uma plataforma desenvolvida internamente que monitoriza o progresso dos alunos em tempo real e gera alertas automáticos para intervenção rápida. 

Os “Arquitetos Educacionais” analisam cada estudante como um sistema complexo e desenham estratégias totalmente personalizadas. “Vemos a inovação como uma obrigação moral: repensar a metodologia, aproveitar ferramentas inteligentes e redesenhar o processo de cada aluno com precisão e relevância”, afirma Miguel Monteiro, CEO da Omniscience.

Segundo o responsável, citado em comunicado, “a Omniscience assume-se como alternativa ao modelo tradicional, encarando a educação como um ecossistema onde a tecnologia, o rigor, o acompanhamento pessoal e a integração do contexto total do aluno se articulam para maximizar o potencial académico e humano. Cada percurso é pensado como um sistema vivo, que integra as famílias, as escolas e as comunidades”.

A proposta vai além dos resultados escolares e prepara os jovens para os desafios futuros com autonomia e propósito. “A educação é possível de personalizar se conseguirmos ensinar o aluno a personalizar a sua própria educação. Formamos pensadores e agentes ativos no ecossistema educacional”, acrescenta Miguel Monteiro.