Sete adeptos do Sporting acusados pelo MP de tentativa de homicídio após jogo de hóquei com FC Porto

Violência extrema em Lisboa incluiu incêndio de viaturas, agressões e roubos com vítimas no interior dos carros.

O Ministério Público (MP) deduziu acusação contra sete arguidos, um dos quais reincidente, por um conjunto de crimes graves relacionados com episódios de violência extrema ocorridos em Lisboa, após um jogo de hóquei em patins entre o Sporting Clube de Portugal e o Futebol Clube do Porto, realizado a 10 de junho de 2025.

Segundo o comunicado do MP, os arguidos, adeptos do Sporting, estão acusados, em coautoria, de cinco crimes de homicídio qualificado na forma tentada, dez crimes de ofensas à integridade física qualificadas, um crime de incêndio, cinco crimes de roubo (um consumado e qualificado e quatro tentados) e três crimes de dano qualificado.

De acordo com a acusação, os suspeitos atuaram em grupo e de forma concertada, no âmbito de um plano previamente delineado, com o objetivo de atacar elementos do clube rival. O plano terá passado por incendiar as viaturas onde seguiam os adeptos do FC Porto, tendo conseguido atear fogo a um dos veículos com os ocupantes ainda no interior, impedindo a sua saída.

O Ministério Público descreve ainda um cenário de extrema violência, com os arguidos a agredir as vítimas com pancadas e bastonadas, a apedrejar pessoas e automóveis e a apropriar-se de bens de valor pertencentes às vítimas, no meio do ataque.

No âmbito das medidas de coação aplicadas, cinco dos arguidos encontram-se em prisão preventiva, enquanto os outros dois estão sujeitos à obrigação de permanência na habitação, com vigilância eletrónica.

A investigação foi conduzida pela 11.ª secção do DIAP de Lisboa, com o apoio da Polícia Judiciária, tendo o Ministério Público considerado existirem indícios fortes da prática dos crimes imputados, agora levados a julgamento.